Quem é você, na fila do embarque? A pessoa com toda a documentação em pastas (ou no celular), o indivíduo à procura do passaporte, com a mala escancarada e os bolsos do avesso, ou o tipo de pessoa que confia cega e plenamente no roteiro de viagem que a sua companhia planejou?
Na verdade, somos todos fragmentos desses perfis que tanto nos deparamos em aeroportos e rodoviárias. Só que é possível privilegiar um deles, sabia? Especialmente, em viagens longas e distantes da boa e velha zona de conforto que nos rodeia.
Aí, é importante sempre saber onde está o passaporte, qual país exige visto de entrada, quais vacinas são recomendadas (ou exigidas) e o melhor tipo de roupa para ter na bagagem, entre outras questões. Tudo para garantir que você deixe a sua jornada surpreendente e sob controle!
Por que ter um itinerário de viagem?
Por mais que você siga as sugestões de viagens de amigos ou familiares, é legal ter um planejamento próprio. Afinal, cada pessoa tem a sua percepção distinta e particular sobre uma viagem inesquecível.
Além disso, o roteiro de viagem torna a sua viagem mais econômica, já que as reservas aéreas e de hospedagem, compradas com antecedência, recompensam os viajantes com preços mais atraentes. E ajuda a valorizar os dias que você tem para visitar lugares novos e conhecer culturas diferentes da sua.
Viajar de mochilão com roteiro definido fez toda a diferença pra gente. E achamos que as dicas a seguir podem ser bem úteis para você também!
Como fazer um roteiro de viagem?
Nós começamos o nosso plano de viagem com um mapa bem colorido, estendido no chão da sala. Com os dedinhos percorrendo as fronteiras tracejadas no papel, fomos brincando de ir e vir por entre nações vizinhas até achar que tínhamos, ali, muitos lugares bonitos para viajar com o tempo do nosso lado.
Em seguida, definimos a melhor época para viajar e conhecer cada destino e seguimos para a definição do orçamento e as eventuais particularidades exigidas pelos governos locais — como vacinas e documentações em geral. Com isso, percebemos que faz todo o sentido conceber o roteiro de viagem de maneira linear.
Faça o mesmo exercício, ao planejar a viagem: questione-se e, assim que tiver a resposta para a sua pergunta, você vai se deparar com novas dúvidas que vão contribuindo com a estrutura de um bom modelo de roteiro de viagem.
E, abaixo, vamos mostrar o caminho que nós percorremos para definir o esqueleto de uma longa viagem que vai durar, em média, 20 meses ao redor da Ásia e Oceania!
Para onde viajar?
Independentemente da maneira com a qual você tome as decisões, o seu roteiro de viagem só vai ter um contorno quando o destino estiver definido.
Para responder a essa pergunta, tenha em mente quantos dias você tem para escolher os melhores lugares para viajar. Por exemplo: em um feriado prolongado, apenas, fica difícil viajar até o outro lado do mundo. Agora, quando se tem uma semana ou mais, você pode considerar uma visita aos continentes mais distantes no mapa.
Quantos dias ficar em cada destino?
Vá você para a cidade vizinha ou o país diametralmente oposto ao seu, é importante saber o que pode ser feito, nesse destino, a fim de distribuir os dias com tranquilidade.
E, com certeza, você já deve ter experimentado a frustração de ter mais coisas para fazer do que tempo para realizá-las, certo? Veja só, então, o quanto o roteiro de viagem pode agregar à sua vida. Afinal de contas, canja de galinha (e um pouquinho de planejamento) não fazem mal a ninguém.
Faça um compilado de atrativos imperdíveis e aqueles que você se identifica, em cada cidade, e certifique-se de buscar informações atualizadas sobre as suas localizações e dias e horários de funcionamento.
Assim, você monta uma planilha básica para calcular precisamente o tempo gasto para ir e vir de cada atração. Sem falar que, sabendo os horários, você evita o inviolável encontro com um portão trancado.
Mais uma dica: caso você faça uso de algum tipo de chip internacional e tenha conexão com a internet constantemente, compensa linkar os endereços de cada atração no Google Maps ou qualquer outro aplicativo do gênero. Isso facilita bastante a vida para planejar o dia de passeios.
Caso não saiba por onde começar a montar esse roteiro de viagem, clique no botão ao lado e baixe gratuitamente o modelo de roteiro de viagem que elaboramos para as nossas andanças por aí!
O que pesquisar a respeito das cidades e países?
Aqui, na Ásia, é grande o apelo estético, histórico e cultural dos templos religiosos. Mesmo quem não se identifica com nenhuma crença tende a visitar um ou outro desses locais milimetricamente planejados para louvar reis, imperadores e divindades.
Só que os visitantes com pouco conhecimento das tradições orientais podem ser barrados, literalmente, por não estarem devidamente trajados para entrar nesses locais sagrados. E isso vale para homens e mulheres — já alugamos e compramos saias e calças para entrar em templos budistas, por exemplo.
Vale sempre pesquisar, então, essas regrinhas de cada lugar e também outras informações que espantam os imprevistos e deixam o seu roteiro de viagem ainda mais completo, como:
- dias e horários de funcionamento, como já mencionamos;
- eventual preço de entrada e/ou necessidade de reservar os ingressos com antecedência;
- meios de transporte para chegar aos locais.
Esse último item parece preciosismo, mas algumas linhas de transporte podem não funcionar, em certos dias, ou exigem um malabarismo de integrações e baldeações até chegar ao destino desejado.
Por isso, uma pesquisa antecipada já ajuda no planejamento para que o dia renda e você não fique fique à espera de um ônibus ou trem que só vai passar no dia seguinte…
Quando visitar?
Dizem que o mês de julho, na Índia, é um prato cheio para quem deseja visitar o país, mas não quer sair da sua acomodação, já que o volume de chuvas é um incômodo contínuo — e perigoso, até. Além de países cujos períodos climáticos se caracterizam também por nevascas furiosas ou temporadas de furacões.
Tudo isso deve ser considerado, no seu roteiro de viagem. São circunstâncias impactantes para os cidadãos dos próprios países. Imagine, então, para quem não convive com esse tipo de fenômeno?
Vale a pena considerar, também, os períodos de baixa temporada — ainda mais se você tem flexibilidade para montar um roteiro de viagem nessas épocas. Além de menos apinhados, os destinos tendem a reduzir os preços, gerando uma economia decente, no fim das contas.
Quais são as exigências legais?
Você sabia que muitos países exigem que os brasileiros emitam um certificado internacional de vacinação contra a febre amarela antes de desembarcar nesses locais?
Em geral, esse é um item a mais entre as documentações necessárias para ganhar o carimbo no passaporte. Por isso, assim que definir o seu itinerário de viagem, veja quais são as exigências para evitar problemas:
- documentos, como passaporte ou visto de entrada;
- carteira de habilitação ou a necessidade de ter a Permissão Internacional para Dirigir (PID);
- as vacinas exigidas (e recomendadas);
- seguros de viagem.
Se o seu roteiro de viagem contempla mais de uma pessoa, e uma delas é menor de idade, lembre-se de carregar toda a documentação necessária para isso — como a autorização dos responsáveis legais.
Como elaborar o orçamento do roteiro de viagem?
O orçamento de viagem é muito importante e costuma ser o limiar entre uma viagem mais econômica ou esbanjadora. E deixamos para esse ponto porque, até aqui, você deve ter visto boa parte dos custos associados ao seu itinerário.
E isso dá uma boa dimensão de quanto você vai investir nesse passeio. Mesmo assim, vale a pena considerar alguns itens ao calcular a média da sua renda diária:
- passagens aéreas;
- transportes diários (informe-se, antes, os melhores meios de transporte em cada cidade);
- atrativos, como parques, templos, tours etc.;
- alimentação (vale caçar, no Google, a média de uma refeição no país ou cidade).
Além disso, pesquise a respeito da melhor opção monetária para o país. O mais indicado, geralmente, é que você converta os suados reais em dólares antes de viajar.
Diante de imprevistos ou a necessidade de uma comprinha que não estava nos planos, você pode optar por usar o cartão de crédito, sacar dinheiro por lá mesmo ou usar os cartões pré-pagos. Vale dizer que todos eles têm taxas associadas, então, é importante calcular antes de sair de casa para evitar custos extras.
Como se virar dentro de um país estrangeiro?
Nossa última dica para montar um roteiro de viagem consiste, justamente, em se virar nos novos destinos. E, para isso, é inegável que a tecnologia trabalha em benefício do intrépido viajante.
Abaixo, listamos alguns aplicativos que podem ajudar a garantir mais economia, boa comunicabilidade e até mesmo algumas experiências mais suculentas nos restaurantes locais. Dá só uma olhada:
- WhatsApp, ou o aplicativo de mensagem instantânea de sua preferência para manter contato com alguém do seu hostel, por exemplo, e matar a saudade do pessoal que não te acompanhou na viagem;
- SkyScanner ou Google Flights, para manter um olhar atento às promoções de passagens aéreas (isso vale também antes de definir destinos baratos para viajar);
- aplicativos das companhias aéreas que você vai utilizar — muitas permitem o check-in antecipado por meio do seu dispositivo portátil;
- aplicativos de tradução (tem o Google Translator que não tem nos deixado na mão);
- mapas dos destinos que você pretende visitar;
- aplicativos de transportes — como o Grab ou Uber, que têm sido excelentes alternativas em decorrência dos custosos táxis locais;
- TripAdvisor, para ficar por dentro de alguns restaurantes bem recomendados por locais e viajantes, nas proximidades.
Com isso, você vai ter um bom roteiro de viagem para ser seguido. Mas, antes de planejar o seu itinerário, diz aí pra gente se você tem outros aplicativos confiáveis e que são de grande ajuda para a sua viagem também 🙂
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